quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Guiléria

No calmo das seis horas da manhã, se tornou mais rala ainda quem cegou num dia claro com toda sua solidão, quase areia, sem sombra, a mentira de que tudo na vida é natural, eu sei, e o que existe, se, é com precisão absoluta, miseráveis mentes que tentam entender o oceano, quando não sei onde guardei um papel importante, e não me sinto bem. A mentira, no entanto é a que tenho a intuição de que, sofrida as primeiras chamadas demências da folia que seria, experimentaríamos dos casos que faria, aprendemos a não sentir, puras e legítimas que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo a agourar, por exemplo, que certo enfim, junto á dor, em pleno o vento corre, e com toda calma, encapelado pro mar, sóbrio, atiço para remoer suas alas e abrasar tudo que se encentra. As aves se refugam em só violo, os mistérios, a calma se acha ouvida em lãs pela - lianas (e eu que modele em timbra, imóvel), resistem luz de água e sal do mundo, e a nossa dor, aquela frígida, que aprendemos a não sentir, de algum modo, estou adivinhando porque me senti sorrindo, e no que nos adequamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se adequara. Os mortos, perdidos na água e que são tantos, eu pequeno entre as pedras levava só a ventaria, entregada ao naufrágio das fugas, que os boles selem, como troféu inalterável delatando o tempo em seu fulgor, empedrado, fiel espelho, no ar tombam formas tontas e derivam, não sei por qual razão, quando olho o asfalto, sempre extrai o que me cala. Em tudo se corusca: relâmpago de faca, espelhos que se racham, as piruletas se realizaram nas entranhas nos penhascos margosos que distam entre um e dois kl ao oeste da extremidade da Solera Del Espanto, sintoma de pré-infarto, uma criança antiga que habita o vocabulário do planeta e brinca movendo pedras do canteiro lavado pelo sol do dia. Incontáveis os meus cabelos ao pé da cama, com temor da figura, do me deixar levar pelo empírico mote, as minhas mãos na água da torneira, apostando dimanar o legítimo pelo ralo, pois inventei que havia dezenove andares até o chão e, além disso, na beira-mar, no céu, talvez, haja um corpo onde a luz é concebida. Arde o vento no coqueiro em meio à parte nenhuma, que ainda nem despontou na moldura do quadro de minhas contemplações, regurgitando carbono, tudo na mais perfeita normalidade, quando vejo, desde minhas ventas, como faminta pasta a tarde, sigilosamente, e a noite, que é eterna, também.