segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

História

Debruçado no papel, digo, no computador, uma chuva de chicotear costas de diabos, o latido de um cachorro de médio porte busca minha orelha á quilometros enquanto pensava se escrevia ou não.
Um movimento do tempo pousou na minha mesa que raspara a memória tão fina e em tom mais presente.
Uma porta bate. Um homem grita. Um carro passa. Os ciganos tomam conta do ambiente de uma seca fruta em casca desaguando num sabiá que eu nunca vi. Que bobagem os sabiás serem todos iguais, porém esse meu espaço se concentra virando cigarros já fumados, molhados num riacho, o Riacho Fúnebre dos Dezoito do Forte, lei dos sexagenários, a destruição do Paraguay e que ainda não prometo cadáveres nessa narrativa, e tem ainda, ainda, mas ainda mais, ainda o Senador Vergueiro, esse bode masturbatário, em Cerro Cora estão em minha frente, mortos, que até fariam Alonso Pena uma bailarina comparado a isso.