sábado, 23 de dezembro de 2006

Flamengo

Freadamente descia de rolimã pelo terraço, um instrumento de corneadura estava alterando meadas e eu levemente atenuado, pelo dia das forças armadas, fiz o looping final e caí em perfeita harmonia á romã colocada pé ante pé sobre o asfalto, amigos de resinadas, curetando pulei deste modo até o final do dia. Os movimentos da descida se alternavam entre as rodinhas de plástico, e eu percutindo, boca gritando uma vogal qualquer, semi-moleque enserepado, caías de cócoras, ventas esfoladas, joelhos desbeiçados, jovial. Levantei e sorri para Fernanda Del Falo, repercutiu, e percebi um dente mole, recém boistetido, que durante o movimento caiu, apreciei o novo visual e me derivei novamente até o declive, limpando o sangue no nariz com a camisa, cuspindo o da boca, ouvia aplausos de baixo, a competição estava finamente principiando. Fui acordado por Genésia, irmã de Acelga, durante um ato de masturbação coletiva, pois vejam se caso em início de carreira me fosse, o segredo do pomar, cálido e taciturno, olhe eu que moribundo, continuei sobre a laranja-mimosa danada, esses ternos trens de agora, se me resta hora, falarei a verdade, desculpe meu pinto, sim, esse milonito, maldito, furunculando meus ascídios, que maviosidade, veja, e desde então tenho tomado cuidado com Cartões dos Correios Promocionais, levarei direto nesse momento. Táxon, Levantei da cama após essas reflexões casuais e não permiti á ninguém tirar sarro da minha face refrenida, embora se movimentando, enfim, caído soteciurno, lamentei de ser um bosta, um desvencilhado perdido no calmo da tarde, um verme roedor sendo esmagado ao carcomer um animal silvestre atropelado numa estrada intermunicipal, sendo o animal já feito em folha, não recolhido. O quarto exalava um cheiro que me atordoava funebremente, quase cálido de tão rouco, desmaiei novamente, voltando enciumado, como se alguém estivesse lá, o roubando, ao sonho do carrinho de rolimã, períodos de cabritinho na casa de Dona Alva, mas acordei com a chupeta de Genésia em meu membro flácido, emputecido com a perda total do sonho para outrem, dei um soco na cara da maldita com tanta força que ela mordeu meu pau. Oras, saiu um fio de sangue e me desassosseguei, já pensando como seria minha vida dali pra frente, e nessa distração de preocupado, nem vi que já havia ejaculado. Era um dilúculo de abril, mais um dia qualquer, em que orvalho, carrinhos de rolimã e gordas tetudas se miscigenavam por concluído.