sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O Assado da Leitoa

Achamado e conhecido fazendeiro de canguçu localizado o de vindas de planaltos integrantes da bacia do Uruguai planícies de baixa altitude seca de litoral predominantemente retilíneo sua terra de isoterma acima de vinte e cinco graus gados desmontados fractalmente em esqueletos duas filhas moças coxudas tal bezerra no engorde das quais a beleza escapa tão determinada pelo relevo de exagero vertical que burro comia urtiga nova e um filho mais moço que rebolava tanto quanto minhoca nas cinzas porém sério como guri cagado não era o principal dos que carregam tarjas de mandante não era dos que faziam a morte de adubo terral era dos que se destacavam ao lado destes e dava os cânions do itaimbé campos naturais do vale do rio da prata e cuidava de seu cavalo enfeitado como bombacha de turco mula de mascate judiado como filhote de passarinho em mão de piá na pisada de gato como galinha agarrada pelo rabo enfim o homi era mais conhecido do que feijão em cardápio de quartel era breve e tinha seus lá enroscos com o social fazendário daqueles que bate como cincerro de égua madrinha apadrinhando de tudo um pouco de proles pois era da filosofia que boi que atrasa bebe água suja e marido de parteira dorme com a bunda na parede e seus churrascos eram o ponto alto da região do ponto chegar a receber o governador em trajes típicos por isso tinha suas desavenças mas como diz o outro praga de urubú magro não mata cavalo gordo seguia fazendo seus caprichos a troca de sentir-se alguém ali que não apenas tinha terra três filhas digo duas filhas um rapaz e vivia de cardápios e manoleites idênticos sempre a leitoa as leitoas o porco os porcos farofa quando em vez crocante de coçegar os vão dos dente nem como cachaça que se embebeda ou estraga o estomago e tudo era de alegria descomunal e tinha tirana e tinha anu e tinha balaio e tinha tatu e tinha chula e tinha maçanico e tinha chimarrita e tinha rancheira de carreirinha e tinha de tudo que é dança que os convidados patronavam e era uma festa imensa do causo que veio especialista da capital para ver o preparo dos suínos tamanho era a famosidade do sabor delicioso daquelas carnes incrivelmente vistos os preparos e não vendo nada demais ali um preparado normal pouco temperos e muito especulouseou sobre como os porcos criados eram saborosos tais até que certa feita na festa do nono mês final dele precisamente sábado numa tarde de dança de pares soltos de tirana de lenço sol baixo a filha mais velha na falta do pai de canguçu ouviu gritos vindos donde achava um balcão julgado abandonado janela espiou-se viu mulher chorando e filho sendo retirado tal punhal em crânio de morto do colo de mãe preta nua os ponchos gaudérios dependurados bombachas encaixando na face dela que finalmente cedeu o filho silenciada direcionou o fazendeiro ao porcário chiqueiro-estábulo o bebê foi servido vivo aos porcos dos quais estes devoravam menos de um segundo e esbaldavam em sangue fungando sonoros se sobrassem ossos fato raro é mais farofa tarde aquela.