sábado, 9 de setembro de 2006

Conto tirado de um sonho do autor, com alguns filtros

A Casa era grande, era uma família grande e de capital grande. Branca, dois andares, churrasqueira, vasto quintal arborizado. Festa. Churrasco. Eu era amigo de um dos irmãos, era músico e estávamos tocando uma cançãozinha qualquer. Cabelos pretos escorridos, branca, lábios grossos, magra, minha idade exatamente. Celina, amiga de infância. Conhecia sua pessoa em desconhecida época. Muito tempo. Estava grávida, barriga á mostra, uns quatro, cinco meses. Sempre tive admiração por ela, sempre achei linda, desejei seu corpo. Cumprimentou-me bem, não consegui esconder a surpresa e uns dos irmãos, o que não era músico, me disse: Não fale nada, não conhecemos o pai.
No dia anterior, estava com uma amiga em um bar lotado. Dois moleques, aproximadamente dezesseis anos cada um, bonézinho, saiam de mesa em mesa olhando para os rostos, procurando pessoas, paravam em umas, paravam em outras. Na minha mesa, um dos moleques: "Segura!" e jogou uma coisa em minha mão. Fiquei constrangido porque estava com uma amiga. Encontrei-os a caminho do banheiro, mandaram me seguir. Estava pronto a devolver, pois não tinha dinheiro e nem estava a fim. Quando abri a carteira, para mostrar a falta de grana, havia mais de trinta reais. Um deles falou: "Olha o cara, trinta reais e não querendo dar dez conto!”.
No churrasco, conversava com o pai daquela família, muito gente boa, muito prestativo. Ele mesmo assava as carnes. Celina me pediu para subir com ela. Cheguei até seu quarto: "Sempre quis fazer isso, você não se lembra?" Tirou a roupa e deitou. Sua barriga sumira. Lambi de seu centro até sua boca e deite-me sobre seu corpo. Não estava acreditando que estava possuindo aquela mulher. Ficamos transando um pouco e descemos. No quintal reparei de novo que estava grávida, saí para lavar o rosto. Ela voltou e mandou subir, pensei: "Agora tenho que possuí-la de verdade." A mesma coisa, toda vez que ela deitava sua barriga sumia, ficava lisinha, torneada. Disse-me: "Você vai poder fazer isso comigo a hora que quiser, o dia que você quiser", perguntei: "Quais homens mais, além de mim, tem esse privilégio?" Não me respondeu. Transamos. Adormeci do seu colo. Acordávamos de tempo em tempo, lembrando da merda que sucederia. Devo ter dormido umas quatro horas, mas acordei mais de trinta vezes. Ouvia da janela seu pai conversando com a mãe, enfurecido. Levantei. Saí primeiro, havia café na mesa, era de manhã. Seus irmãos me cumprimentaram normalmente. Eram dois irmãos e ela.
Seu pai me praguejou, humilhou, mas não falava comigo. Consegui a idéia boa da família aos poucos. Celina: “Dá um pouco a mão, já que estamos de casalzinho mesmo”.